A proposta deste trabalho, é um pequeníssimo contributo, a partir do aforismo grego “conhece-te a ti mesmo”, com o objectivo de aprofundar analiticamente, tanto quanto possível a questão do autoconhecimento.

 

É proposta da doutrina Espírita[1], a reforma intima de cada um, com vista à nossa moralização. Para isso, é necessário conhecermos historicamente, os equívocos, depois analisar com profundidade a mensagem de Jesus, despojada de qualquer simbolismo ou mito.

 

Perceber que a mudança não se faz por imposição, nem por magia, mas pela nossa própria vontade e esforço. Sem esquecer que tudo tem um tempo e esse tempo, em cada um de nós será aquele que for em função de nós mesmos e ainda conforme os nossos compromissos pretéritos, ou débitos.

 

A lei de causa e efeito terá de ser revertida, ou seja, o efeito terá de ser anulado por outra causa, em favor do bem ao próximo, conforme Jesus, advertiu ao resumir toda a lei em dois mandamentos, – Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e do todo o teu espírito e o teu próximo como a ti mesmo[2].

 

É nosso entender que amar a Deus implica também, trabalhar a nossa condição interior, expulsando os vendilhões do templo, do nosso templo interior, – os vícios da critica, da maledicência, dos juízos a cerca de tudo, em particular o que desconhecemos em profundidade.

 

O silêncio é uma prece.

 

Sabemos que não basta frequentarmos esta ou aquela filosofia, até mesmo o espiritismo, se não nos tornar-mos mais serenos, sábios, fraternos e solidários, fazendo aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.

 

Alverca, 2 de Julho de 2018

[1]   Livro dos Espíritos, Q.919 e 919-a

 

[2]  Mateus 22: 34-40